segunda-feira, 18 de julho de 2011

D. José Cordeiro Bispo de Bragança-Miranda



Cidade do Vaticano, 18 jul 2011 (Ecclesia) – Bento XVI nomeou bispo de Bragança-Miranda o padre José Manuel Garcia Cordeiro, de 44 anos, pertencente ao clero da mesma diocese e atualmente reitor do Pontifício Colégio Português em Roma, anunciou hoje a Santa Sé.
A nomeação acontece no dia em que o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de abril de 2010 completara 75 anos, limite de idade estabelecido pelo Direito Canónico para apresentação da resignação.
O padre José Manuel Cordeiro, que vai assumir a responsabilidade da diocese situada 520 km a nordeste de Lisboa, nasceu a 29 de maio de 1967 em Angola, Vila Nova de Seles, Luanda, tendo vindo para Portugal em 1975 com a família.
O novo bispo foi ordenado padre para a diocese de Bragança-Miranda a 16 de junho de 1991, depois de ter concluído os estudos filosóficos e teológicos no centro regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.
Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, no mesmo instituto.
O futuro bispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor do mesmo estabelecimento, cargo que ocupava até hoje.
Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e em novembro de 2010 o Papa Bento XVI nomeou-o consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
No ano de 2010, o mais recente membro do episcopado português publicou a obra ‘O Grão de Amendoeira’, onde se pronunciou sobre a situação económica e social: “Estamos a viver a nível internacional uma crise financeira (a pior desde 1929), devido ao elevado débito, e que é também efeito da crise dos valores humanos e cristãos fundamentais”.
Na obra que acentua a dimensão da espiritualidade, o padre José Cordeiro escreve que “retiro não é sair para «retirar-se» da vida, mas é encontrar-se com Deus, consigo, com os outros, com a história e com a criação”, tornando-se “uma experiência forte de silêncio, de escuta e de contemplação”.
O território da diocese de Bragança-Miranda pertenceu à arquidiocese de Braga até 1545, ano em que, a 22 de maio, o Papa Paulo III, pela bula ‘Pro excellenti Apostolicae Sedis’, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.
Dois séculos mais tarde, pela breve ‘Pastoris Aeterni’ de 1770, o Papa Clemente XIV desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome, e a de Bragança, formada pelos quatro restantes.
A delimitação atual da diocese data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, criou a diocese de Vila Real; a diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites civis do distrito de Bragança.
A diocese tem 6545 quilómetros quadrados de superfície e registou uma população de 136 459 habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, preparando-se para receber o 44.º bispo da sua história.

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