terça-feira, 22 de setembro de 2009

Crismas em Sambade e Vilar Chão

Foi no passado dia 27 de Setembro de 2009, nas Igrejas de Sambade e Vilar Chão foram confirmados cerca de 50 jovens (Sambade, Vilar Chão, Parada, Sendim e Vila Nova) pelo bispo diocesano D. António Moreira.
Ambas as Igrejas se encheram de fiéis para participar na eucaristia, tendo esta sido solenizada pelos coros de ambas as paróquias sendo que ao órgão esteve Tadeu Filipe e sob a regência de Maria Helena.
Estão de parabéns todos os que receberam os dons do Espírito Santo.
Abaixo seguem as fotos das celebrações.

Crismas em Sambade e Vilar Chão











Crismas em Sambad e Vilar Chão




Crismas em Sambade e Vilar Chão
















Crismas em Sambade e Vilar Chão
















Crismas em Sambade e Vilar Chão







Crismas em Sambade e Vilar Chão
















Crismas em Sambad e Vilar Chão







quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Novo ano em Setembro

Para muitos de nós, Setembro é um mês de recomeço. Acabaram as férias e voltamos à rotina do resto do ano. Para uns, com entusiasmo e desejo de retomar aquilo que gosta de fazer e de rever amigos. Para outros, a expectativa de um ano diferente, com pessoas novas e novos desafios. Para outros ainda, a perspectiva é não mais do que voltar ao cansaço da rotina. Mas não é assim para toda a gente… ou melhor, nem sempre foi esta a sensação dominante. Para muita gente, Setembro é o mês das vindimas (se calhar há uns anos era-o para uma parte mais representativa da população). Eu não me acho "do antigamente" mas, como estudei agronomia, talvez esteja mais atento a esta particularidade de Setembro. Vindimas equivale a muito trabalho, é verdade. Mas é trabalho feito no meio de festa. É quase o fim de um ciclo. Depois dos dias frios e chuvosos de Inverno em que se começou a podar a vinha, depois de a cavar e fertilizar e, com tempo mais quente, a tratar contra as doenças, chegou a altura de finalmente apanhar os frutos pelos quais se investiu tanto tempo e esforço. Em todo este investimento, houve um risco sempre presente – uma trovoada, granizo, ou chuva em alturas sensíveis podem comprometer todo o resultado final. Mas a vindima já é um investimento diferente, pois o fruto já está à vista. Por isso é que é tempo de festa – vindima-se com alegria, com amigos, convidam-se os vizinhos, come-se e bebe-se bem.Dizia que é quase o fim de um ciclo porque depois das uvas colhidas ainda falta extrair o seu sumo e fermentá-lo. É com razão que diz o ditado que até ao lavar dos cestos é vindima. Só depois de tudo isto é que nos podemos regalar a beber e a saborear o resultado de tanto trabalho ao longo de um ano inteiro. Só conhecendo o que está por trás é que percebemos que toda a gente que faça o seu próprio vinho tenha tanto gosto em bebê-lo e em oferecê-lo aos amigos. E estes, se compreendem tudo o que está por trás, têm um enorme gosto em prová-lo, mesmo que seja uma verdadeira zurrapa aos olhos dos “entendidos”. Mas quando se trata de dar valor ao trabalho, estes “entendidos” não entendem nada! Cada vez menos gente está por dentro desta realidade, mas escrevo este editorial como um desafio a que encaremos o trabalho que agora recomeçamos como parte de um ciclo como o do vinho. Às vezes é um investimento muito arriscado, outras vezes com os frutos já à vista. Umas vezes é um trabalho duro e solitário, outras vezes no meio de festa com os amigos. Há quem perceba o que está por trás dele e lhe dê valor, há quem não entenda nada do que fazemos. O importante é que cada um de nós saiba por que é que trabalha. É este o significado do vinho que utilizamos na missa. É o fruto do trabalho de todos nós. E é isso que, por um lado agradecemos a Deus, e por outro, Lhe oferecemos. E assim como ninguém faz vinho para o beber sozinho, que também ninguém trabalhe unicamente para o seu bem, mas para o bem de todos.
Frederico Lemos

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Obrigado Zé Nuno

Dar alma à saúde
José Nuno é o coordenador nacional das capelanias hospitalares.
O hospital é o meu lugar. Vivi aqui sete anos, algumas semanas a tempo inteiro, sem sair. Acabei por ter problemas de saúde e fui aconselhado a residir fora, mas este continua a ser o meu lugar.
Vim cheio de medo. Trabalhava com jovens. Isto foi uma reviravolta. Aqui, as relações são intensas e percebe-se a relatividade de tudo. Tornei-me mais compassivo com quem sofre e mais exigente com quem não cumpre, adepto feroz da felicidade.
O ecumenismo no hospital é fundamental. Cheguei há dez anos e organizamos celebra­ções ecuménicas há nove. Num país de maioria católica, passar por uma experiência destas numa casa colonizada pela Igreja dominante é um exílio ainda maior.
A importância da espiritualidade na saúde é um dado adquirido. Apoiar as pessoas doentes é a primeira função de um capelão, mas não é a única. Ser capelão é ter a possibilidade de intervir na cultura de uma casa que não pode perder a consciência da sua finalidade, que é servir as pessoas na sua integridade. Este também é um lugar de esperança.
Agnus Dei ou a ovelha Dolly foi o tema que escolhi para a minha tese porque queria abordar o confronto entre o amor transcendente e o poder tecnológico. Mas a experiência no São João conduziu-me noutra direcção. Em vez da tese de doutor acabei por fazer um trabalho de pastor. Estudei a transferência da morte. Concluí que mais de 60% das pessoas já morre no hospital. Interessei-me pela bioética porque tinha de entender a linguagem deste meio.
Assino só o meu nome de baptismo. Foi esse o momento decisivo da minha vida. Nasci em 1964, em Gondomar, numa família católica. Desde cedo tive problemas de sofrimento graves. Tenho uma patologia de coluna complicada.
Não sei porque quis ser padre. Sei porque me ordenei e porque continuo padre. Sou padre por amor e sou padre para amar.
Estava em Boston no 11 de Setembro. Vi em directo a retirada do corpo do capelão dos bombeiros de Nova Iorque dos escombros pelos seus homens. Entrou nas Torres Gémeas porque havia bombeiros a morrer lá dentro e queria acompanhá-los. Isto define o que é ser capelão.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Porquê ir à Missa?

Ir à missa é verdadeiramente uma obrigação para se ser um bom cristão?Há sem dúvida pessoas muito santas que não vão à Igreja! Ir à missa não tem nada a ver com uma obrigação jurídica, como pagar anualmente os impostos ou como a proibição de conduzir a mais de 120 km/h... Para mim, ir à missa é uma obrigação no sentido em que fazer parte da comunidade de Jesus faz parte da minha identidade. Você é obrigada a festejar o aniversário da sua mãe? Não, mas foi a sua mãe que lhe deu a vida: festejar o seu aniversário é como uma obrigação natural... Quando se toma consciência do sentido da Eucaristia, surge naturalmente o desejo de participar.
Porquê ir à igreja quando se pode rezar em casa?É verdade, pode ter-se uma relação pessoal com Deus. No entanto, somos convidados a entrar na amizade de Jesus. Ora, partilhar esta amizade implica partilhar os seus amigos. Seria absurdo querer viver uma espiritualidade cristã ignorando os outros cristãos. Seria a mesma coisa que querer jogar futebol sozinho. Por outro lado, sair de casa não é um acto inócuo. Ir à igreja, deslocar-se, lembra-nos que somos peregrinos e que a nossa morada final está em Deus.
Não é mais importante ser crente do que ser praticante?Não desejo fazer-me juiz desse género de afirmação. Essa maneira de ver parece-me muito típica de uma sociedade que tem uma ideia demasiado individualista da pessoa humana. Ser cristão é crer que sou convidado a ser membro da comunidade de Jesus. Na Eucaristia, Jesus dá-nos o seu corpo. Para mim, seria um pouco estranho dizer: “Acredito em Ti mas não, obrigado, não quero receber o teu Corpo”.
“Eucaristia” significa “agradecer”, “acção de graças”, “obrigado”. Obrigado por quê?Obrigado por tudo! Obrigado pelo dom da existência; eu existo, os seus filhos existem. Tudo é dado a cada instante. As pessoas que trabalham no campo compreendem-no muito melhor. Em casa dos meus pais, comi sempre legumes da horta: é uma grande bênção. Toma-se consciência de que é um dom! E o dom maior é o próprio Deus que se dá. Na nossa sociedade, perdeu-se muito este sentido do dom: não somos mais do que consumidores que consumimos “produtos”.
A missa é a melhor maneira de encontrar Deus?Depende de nós e depende de Deus. Pode ser que ele entre nas nossas vidas por um amigo, familiares, um livro... É Deus que toma a iniciativa, cabendo a nós estar atentos aos seus passos e à sua voz. Deus está sempre lá, à nossa frente. A Eucaristia é o reconhecimento de que ele está já presente entre nós; ela é a celebração da sua presença.