segunda-feira, 18 de maio de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

S. Bernardino de Sena em Restauro
















S. Bernardino de Sena em Restauro -Sambade
















Restauro Imagem S. Bernardino Sena - Samnbade
















Restauro de S. Bernardino de Sena - Antes e depois
















Restauro de S. Bernardino de Sena
















Restauro da Imagem de S. Bernardino de Sena da Igreja Matriz de Sambade
















Dá que pensar...A linguagem bíblica é a melhor de todas...

Diz uma história rabínica que, quando Alexandre Magno chegou ao norte de África, viu as populações locais virem oferecer-lhe os produtos da região. Mas ele disse-lhes: – «Não vim aqui para ver o que produzis, mas para ver as vossas leis». Nessa altura, dois homens foram ter com o rei de Qets [Qets significa «fim», «fim do mundo», um reino muito bíblico], e pediram-lhe que julgasse a sua contenda. Um disse: – «Majestade, comprei um campo a este homem, e, quando o lavrei, encontrei lá um tesouro. Então insisti com este homem que ficasse com o tesouro, uma vez que eu comprei apenas o campo, e não o tesouro. Mas ele recusa-se a aceitar o tesouro». Então o outro homem replicou: – «Eu temo a punição, exactamente como tu. Porque, quando eu te vendi o campo, vendi-to com tudo aquilo que ele continha». Então o rei perguntou ao primeiro homem: – «Tu tens um filho?» – «Sim», respondeu o homem. Depois, perguntou ao outro: – «Tu tens uma filha?» – «Sim», respondeu ele. – «Então casai os vossos filhos e dai-lhes o tesouro como dote», sentenciou o rei.
Alexandre Magno manifestou imensa surpresa. – «Por que ficaste surpreendido?», perguntou o rei de Qets. – «Não julguei bem?» – «Com certeza», respondeu Alexandre. Insistiu o rei de Qets: – «Se isto se passasse no teu reino, qual teria sido a tua sentença?» Alexandre respondeu: – «Eu tê-los-ia matado aos dois, e ficava com o tesouro». Então o rei de Qets perguntou a Alexandre Magno: – «Brilha o sol no teu país?» – «Sim», respondeu Alexandre. – «E cai chuva no teu país?», continuou o rei de Qets. – «Sim», retorquiu Alexandre. – «No teu país há animais e rebanhos?», continuou a perguntar o rei de Qets. – «Com certeza», respondeu Alexandre. Disse então o rei de Qets: – «Agora compreendo porque é que no teu país brilha o sol e cai a chuva. Não é por mérito vosso, mas dos animais, pois está escrito: «O homem e o animal tu salvas, Senhor» (Salmo 36,7).
António Couto

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O texto não é meu, mas acho que vale pena ler de D. António Couto - Bispo Auxiliar de Braga

VER, JULGAR E AGIR

1. Proponho hoje uma série de ditos carregados de sabedoria prática, que se encontram no tratado da Mishna judaica, intitulado «Pirkê Abôt», título que significa «Capítulos dos Pais», em que se reúnem muitas sentenças certeiras e divertidas, que nos podem ajudar a ler melhor os nossos comportamentos diários.

2. Há quatro tipos de pessoas: 1) aquele que diz: «o que é meu é meu, e o que é teu é teu»: é a pessoa normal; 2) aquele que diz: «o que é meu é teu, e o que é teu é meu»: não sabe o que diz; 3) aquele que diz: «o que é meu é teu. e o que é teu é teu»: é o homem bom; 4) aquele que diz: «o que é meu é meu, e o que é teu é meu»: é o homem mau.

3. Há quatro tipos de temperamento: 1) o que se zanga com facilidade, e se acalma com facilidade: os ganhos são anulados pelas perdas; 2) o que se zanga com dificuldade, e se acalma com dificuldade: as perdas são anuladas pelos ganhos; 3) o que se zanga com dificuldade, e se acalma com facilidade: é o homem bom; 4) o que se zanga com facilidade, e se acalma com dificuldade: é o homem mau.

4. Há quatro tipos de alunos: 1) o que é rápido para escutar, e rápido para esquecer: os ganhos são anulados pelas perdas; 2) o que é lento para escutar, e lento para esquecer: as perdas são anuladas pelos ganhos; 3) o que é rápido para escutar, e lento para esquecer: é o sábio; 4) o que é lento para escutar, e rápido para esquecer: é o estúpido.

5. Há quatro tipos de pessoas na prática da esmola: 1) o que dá, mas não quer que os outros dêem: os seus olhos são maus para com os outros; 2) o que quer que os outros dêem, mas ele não dá: os seus olhos são maus para ele mesmo; 3) o que dá, e quer que os outros dêem: é o homem bom; 4) o que não dá, nem quer que os outros dêem: é o homem mau.

6. Há quatro tipos de pessoas em relação à casa de estudo: 1) o que vai, mas não faz nada: tem a recompensa de ir; 2) o que não vai, mas faz alguma coisa: tem a recompensa de fazer; 3) o que vai, e faz alguma coisa: é o homem bom; 4) o que nem vai, nem faz nada: é o estúpido.

7. Há quatro tipos de pessoas que se sentam diante do sábio: a esponja, o funil, o crivo e o filtro. 1) A esponja absorve tudo, tanto as coisas boas como o lixo: não tem critério; 2) o funil não retém nada: o que entra por um lado sai pelo outro: perde tudo; 3) o crivo retém o que é bom (o cereal) e deita fora o lixo: sabe discernir; 4) o filtro deixa passar o que é bom (o vinho) e retém o lixo (as borras): é insensato.
D. António Couto