domingo, 31 de julho de 2011

O Centro Paroquial Cardanha no seu aniversário































A comunidade da Cardanha, mais concrectamente o Centro Social e Paroquial organizou uma sardinha para celebrar mais um aniversário (15) e que contou com a presença da direcção, funcionários, Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo e Presidente de Junta de Freguesia de Cardanha. Ficam aqui alguns registos do mesmo convívio.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cá estaremos para colaborar D. José Cordeiro

Saudação do novo bispo de Bragança-Miranda
O Santo Padre, o Papa Bento XVI, pede-me para voltar às belas terras do Nordeste Transmontano com um renovado entusiasmo para um novo serviço, o de ser Bispo. Estou sinceramente grato ao Sucessor de Pedro pela confiança que em mim deposita ao escolher-me como pastor do Povo de Deus presente na nossa amada Diocese de Bragança-Miranda, a quem manifesto a minha inteira comunhão. Na sacramentalidade da Sucessão apostólica expresso também toda a disponibilidade ao Colégio episcopal.
À grande surpresa do chamamento, comunicado pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, respondi num misto de temor e tremor e de esperança e confiança: Senhor, se eu sou necessário ao teu povo, não recuso trabalho. Eis-me aqui, podeis enviar-me.
Nas circunstâncias atuais, estou consciente que ser bispo significa servir. Vivemos um tempo e um mundo que encaro com esperança no futuro. Disponho-me, como servo, a uma escuta da Palavra sacramental entrançada com a vida quotidiana. Peço a Deus um coração que escuta para ser um servidor da Esperança.
Saúdo o Senhor D. António Montes Moreira, Bispo Emérito, e agradeço a sua estima e acompanhamento do serviço pastoral e académico em Roma, em nome da Diocese: no Pontifício Colégio Português, no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e na Universidade de S. Tomás de Aquino. Uma saudação ao Senhor D. António José Rafael, que me impôs as mãos na diaconia e no presbiterado e me enviou para o estudo da Ciência Litúrgica. A eles o reconhecimento pelo seu ministério episcopal em Bragança-Miranda.
De todo o coração quero saudar todos os meus irmãos e amigos Presbíteros e, desde já, gostaria de vos dizer que o Bispo não é pensável sem vós. Desejo encontrar a todos e a cada um e falar de coração a coração num único e verdadeiro presbitério diocesano. Com muita estima saúdo os membros do Colégio dos Consultores e do Cabido da Catedral. Em Cristo Cabeça, Pastor, Esposo e Servo da Igreja, o presbitério é lugar de comunhão e crescimento, o qual tem «origem sacramental e se reflete e se prolonga no âmbito do exercício do ministério presbiteral do mistério ao ministério»;
Saúdo e encorajo os Diáconos no serviço da caridade, da Palavra e da Liturgia;
Aos Religiosos e às Religiosas e aos membros dos Institutos seculares, expresso a minha estima e gratidão pelo dom do testemunho do primado absoluto de Deus na Igreja e no mundo;
Uma saudação amiga aos jovens, em especial aos seminaristas que buscam, na alegria e na esperança dos vários caminhos, a Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Tal como o grão de amendoeira, vós jovens estais a amadurecer a vossa vida, por isso, não tenhais medo dos desafios destes tempos. Quero ser colaborador da vossa alegria.
A todos os cristãos leigos, às famílias, aos Movimentos e às novas comunidades eclesiais, aos Secretariados, às Comissões diocesanas, às Instituições de solidariedade social, às Misericórdias, às Confrarias e às Irmandades garanto a minha disponibilidade e oração, esperando encontrar a todos e contar com a vossa colaboração e corresponsabilidade na construção da civilização do amor;
Com as Autoridades autárquicas, civis, académicas, forças de segurança e órgãos de comunicação social espero uma colaboração recíproca em ordem ao bem comum no nosso Distrito e Diocese;
Saúdo ainda todas as pessoas de boa vontade que buscam a verdade na sua vida.
S. Bento, o padroeiro da Diocese, desafia na sua Regra: «não prefiram absolutamente nada a Cristo». Convido-vos, por isso, a ousar a coragem da Esperança, para podermos mostrar hoje os mistérios de Cristo, porque a beleza e a alegria do Evangelho têm um enorme fascínio.
Quero aprender a ser Bispo para vós e continuar a ser cristão convosco. Junto dos túmulos de Pedro e de João Paulo II rezo por todos e, ao mesmo tempo, confio esta vida e ministério novos à vossa oração, à Senhora das Graças e a S. José.
Roma, 18 de julho de 2011
Memória do Beato Bartolomeu dos Mártires, Bispo,
José Manuel Garcia Cordeiro

D. José Cordeiro Bispo de Bragança-Miranda



Cidade do Vaticano, 18 jul 2011 (Ecclesia) – Bento XVI nomeou bispo de Bragança-Miranda o padre José Manuel Garcia Cordeiro, de 44 anos, pertencente ao clero da mesma diocese e atualmente reitor do Pontifício Colégio Português em Roma, anunciou hoje a Santa Sé.
A nomeação acontece no dia em que o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de abril de 2010 completara 75 anos, limite de idade estabelecido pelo Direito Canónico para apresentação da resignação.
O padre José Manuel Cordeiro, que vai assumir a responsabilidade da diocese situada 520 km a nordeste de Lisboa, nasceu a 29 de maio de 1967 em Angola, Vila Nova de Seles, Luanda, tendo vindo para Portugal em 1975 com a família.
O novo bispo foi ordenado padre para a diocese de Bragança-Miranda a 16 de junho de 1991, depois de ter concluído os estudos filosóficos e teológicos no centro regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.
Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, no mesmo instituto.
O futuro bispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor do mesmo estabelecimento, cargo que ocupava até hoje.
Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e em novembro de 2010 o Papa Bento XVI nomeou-o consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
No ano de 2010, o mais recente membro do episcopado português publicou a obra ‘O Grão de Amendoeira’, onde se pronunciou sobre a situação económica e social: “Estamos a viver a nível internacional uma crise financeira (a pior desde 1929), devido ao elevado débito, e que é também efeito da crise dos valores humanos e cristãos fundamentais”.
Na obra que acentua a dimensão da espiritualidade, o padre José Cordeiro escreve que “retiro não é sair para «retirar-se» da vida, mas é encontrar-se com Deus, consigo, com os outros, com a história e com a criação”, tornando-se “uma experiência forte de silêncio, de escuta e de contemplação”.
O território da diocese de Bragança-Miranda pertenceu à arquidiocese de Braga até 1545, ano em que, a 22 de maio, o Papa Paulo III, pela bula ‘Pro excellenti Apostolicae Sedis’, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.
Dois séculos mais tarde, pela breve ‘Pastoris Aeterni’ de 1770, o Papa Clemente XIV desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome, e a de Bragança, formada pelos quatro restantes.
A delimitação atual da diocese data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, criou a diocese de Vila Real; a diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites civis do distrito de Bragança.
A diocese tem 6545 quilómetros quadrados de superfície e registou uma população de 136 459 habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, preparando-se para receber o 44.º bispo da sua história.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Continuação Testemunhos

Encontrei a Zezinha Nogueira Pinto pouco depois de ela saber que estava gravemente doente. Ao dizer-lhe que podia contar com as minhas orações, ela agradeceu e sorriu com um ar tão jovial, que até parecia que estávamos a falar de uma coisa boa… Impressionou-me, sobretudo, a certeza serena que ela tinha. E foi, talvez perante o meu silêncio, que então me explicou que não rezava a Deus pela sua cura, mas para que a ajudasse a dizer sempre que sim.
“Porque – disse ela – ou tudo isto em que acreditamos é verdade ou então não faz sentido o que andamos a dizer”.
Quando nos despedimos, ainda acrescentou: “Sabe o que também me ajuda a abraçar esta cruz? O modo como o nosso João Paulo II viveu o sofrimento!”.
Assim foi. Tal como o grande Papa polaco, a Zezinha não se escondeu por estar doente, nem disfarçou a sua fragilidade, ensinando-nos, deste modo, a abraçar todas as circunstâncias que Deus nos dá, “confiando no melhor”.
Mas que tipo de confiança é esta? A resposta partilhou-a ela com todos, no último artigo que própria escreveu, publicado ontem postumamente: “Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará”.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Maria José Nogueira Pinto - Bom testemunho

Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.
Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.
Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.
Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.
A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.
Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.
Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.
Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.
Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Fotos - Encontro Consagrados da Diocese no nosso concelho de Alfândega da Fé































Fotos - Encontro Consagrados da Diocese no nosso concelho de Alfândega da Fé































Fotos - Encontro Consagrados da Diocese no nosso concelho de Alfândega da Fé































Fotos - Encontro Consagrados da Diocese no nosso Concelho































Poema

O Mistério está todo na infância
E, por fim, Deus regressacarregado de intimidade e de imprevistojá olhado de cima pelos séculoshumilde medida de um oral silêncioque pensámos destinado a perder
Eis que Deus sobe a escada íngrememil vezes por nós repetidae se detém à espera sem nenhuma impaciênciacom a brandura de um cordeiro doente
Qual de nós dois é a sombra do outro?Mesmo se piedade alguma conservar os mapasdesceremos quase a seguirdesmedidos e vazioscomo o tronco de uma árvore
O mistério está todo na infância:é preciso que o homem sigao que há de mais luminosoà maneira da criança futura
José Tolentino Mendonça
Este poema é hoje apresentado ao Papa, no início da exposição “O esplendor da verdade, a beleza da caridade”, que vai estar patente até 4 de Setembro, na Cidade do Vaticano (átrio da sala Paulo VI). A iniciativa insere-se nas comemorações do 60.º aniversário da ordenação sacerdotal de Joseph Ratzinger (29 de Junho de 1951), incluindo trabalhos de pintura, escultura, fotografia, poesia, música, e outras artes de seis dezenas de artistas de vários países, entre os quais está o padre e poeta português.(um bom amigo)