sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Nota á Comunicação Social - Ordenação de D. José
Nota à comunicação Social
Chama-se a atenção a todos os fiéis que pensam deslocar-se à Celebração da Ordenação e Início do Ministério Pastoral do D. José Manuel Garcia Cordeiro, que decorrerá na Catedral de Bragança, no próximo dia 2 de Outubro, pelas 15 horas, para terem em atenção as seguintes indicações:• Devido às obras no IP4 convém saírem o mais cedo possível;• Pede-se aos fiéis da cidade de Bragança que, podendo deslocar-se a pé para a Catedral, não tragam o automóvel próprio;• Os Autocarros têm estacionamento reservado no parque da Câmara Municipal, onde devem deixar os passageiros que serão encaminhados pelos escuteiros para a catedral;• Os Parques de Estacionamento atrás da catedral estão reservados ao Clero e Autoridades. Pede-se que se identifiquem quando solicitado pelos escuteiros ou forças de segurança;• Os lugares de Estacionamento, ao fundo das escadas da Catedral, estão reservados à Ministra da Agricultura, Secretário de Estado da Cultura e carros da PSP e GNR;• Na rua entre a Escola Secundária Abade Baçal e a Catedral não é permitido estacionar;• As pessoas que vierem de carro poderão estacionar no campo da feira, parque do mercado e nas ruas adjacentes;• Não é permitido estacionar ou parar junto da Catedral, a não ser para deixarem passageiros com mobilidade reduzida;• Os clérigos devem trazer Túnica e Estola branca e dirigirem-se para sacristia reservada à paramentação. O Cabido e o Colégio dos Consultores paramentam-se na sala do Cabido. Para uma melhor organização da Celebração, devem chegar entre as 13.30 e as 14.15 horas. • Às 14.30 horas organiza-se a entrada dos sacerdotes e diáconos para a Catedral e celebração;• As Paróquias, movimentos e famílias religiosas não devem trazer bandeiras, cruzes e/ou outros elementos identificativos, a não ser lenços, fardas ou outros no género;• Do lado esquerdo de quem olha para a entrada da Catedral, no pátio inferior, haverá 5 casas de banho móveis, para onde devem ser encaminhadas as pessoas que precisam de utilizar o WC;• As Portas da Catedral abrir-se-ão entre as 12.30 horas e as 13 horas;• Haverá 2 ecrãs de 6 m2 para a transmissão da Cerimónia para o exterior;• Recomenda-se que os fieis leigos que chegarem mais tarde tragam bancos de campanha ou campismo para se poderem sentar no exterior da catedral;• A entrada é livre e aberta a todas as pessoas;• Haverá lugares específicos e que estarão assinalados para o Coro e instrumentos, Clero, Religiosas, Família de D. José Cordeiro, Autoridades e Convidados;• A família do senhor Bispo, convidados e as autoridades devem chegar antes das 14.30 horas a fim de ocuparem os lugares reservados; • No final da celebração D. José Cordeiro poderá saudar alguns dos fiéis presentes. Para que esse momento não seja muito demorado e cansativo, solicita-se a todas as pessoas, que pensam encontrá-lo em futuras ocasiões que não o façam no final da Celebração;• Pede-se a todos os fiéis que acatem as indicações das Forças de Segurança (PSP e GNR) e dos Escuteiros, enquanto encarregados da organização do espaço envolvente e da catedral;• Dia 7 de Outubro celebra-se o 10º aniversário da Dedicação da Catedral, todos os fiéis são convidados a estarem presentes no pontifical de Acção de Graças, presidido pelo Novo Bispo Diocesano, às 18.00 horas.• Dia 9 de Outubro, D. José Cordeiro, celebrará na Concatedral de Miranda do Douro, às 16.00 horas, concluindo assim a semana do Início do Ministério Pastoral na Diocese de Bragança-Miranda;• Em caso de dúvidas entrar em contacto pelo mail: protocolo210@gmail.com ou pelos telemóveis 964162426 ou 916635303 ou 917207783;NOTA: Na cidade de Bragança não haverá neste domingo, 2 de Outubro, mais nenhuma Eucaristia Dominical pelo que todos os cristãos são convidados a participar na Celebração de Ordenação e Início do Ministério Pastoral, mantêm-se no entanto as missas vespertinas de sábado, dia 1, nos horários e locais habituais; O Administrador Apostólico, os párocos da Cidade de Bragança eas Comissões de preparação da Ordenação e Início do Ministério Pastoral de D. José Manuel Garcia Cordeiro,44º Bispo de Bragança-Miranda
Chama-se a atenção a todos os fiéis que pensam deslocar-se à Celebração da Ordenação e Início do Ministério Pastoral do D. José Manuel Garcia Cordeiro, que decorrerá na Catedral de Bragança, no próximo dia 2 de Outubro, pelas 15 horas, para terem em atenção as seguintes indicações:• Devido às obras no IP4 convém saírem o mais cedo possível;• Pede-se aos fiéis da cidade de Bragança que, podendo deslocar-se a pé para a Catedral, não tragam o automóvel próprio;• Os Autocarros têm estacionamento reservado no parque da Câmara Municipal, onde devem deixar os passageiros que serão encaminhados pelos escuteiros para a catedral;• Os Parques de Estacionamento atrás da catedral estão reservados ao Clero e Autoridades. Pede-se que se identifiquem quando solicitado pelos escuteiros ou forças de segurança;• Os lugares de Estacionamento, ao fundo das escadas da Catedral, estão reservados à Ministra da Agricultura, Secretário de Estado da Cultura e carros da PSP e GNR;• Na rua entre a Escola Secundária Abade Baçal e a Catedral não é permitido estacionar;• As pessoas que vierem de carro poderão estacionar no campo da feira, parque do mercado e nas ruas adjacentes;• Não é permitido estacionar ou parar junto da Catedral, a não ser para deixarem passageiros com mobilidade reduzida;• Os clérigos devem trazer Túnica e Estola branca e dirigirem-se para sacristia reservada à paramentação. O Cabido e o Colégio dos Consultores paramentam-se na sala do Cabido. Para uma melhor organização da Celebração, devem chegar entre as 13.30 e as 14.15 horas. • Às 14.30 horas organiza-se a entrada dos sacerdotes e diáconos para a Catedral e celebração;• As Paróquias, movimentos e famílias religiosas não devem trazer bandeiras, cruzes e/ou outros elementos identificativos, a não ser lenços, fardas ou outros no género;• Do lado esquerdo de quem olha para a entrada da Catedral, no pátio inferior, haverá 5 casas de banho móveis, para onde devem ser encaminhadas as pessoas que precisam de utilizar o WC;• As Portas da Catedral abrir-se-ão entre as 12.30 horas e as 13 horas;• Haverá 2 ecrãs de 6 m2 para a transmissão da Cerimónia para o exterior;• Recomenda-se que os fieis leigos que chegarem mais tarde tragam bancos de campanha ou campismo para se poderem sentar no exterior da catedral;• A entrada é livre e aberta a todas as pessoas;• Haverá lugares específicos e que estarão assinalados para o Coro e instrumentos, Clero, Religiosas, Família de D. José Cordeiro, Autoridades e Convidados;• A família do senhor Bispo, convidados e as autoridades devem chegar antes das 14.30 horas a fim de ocuparem os lugares reservados; • No final da celebração D. José Cordeiro poderá saudar alguns dos fiéis presentes. Para que esse momento não seja muito demorado e cansativo, solicita-se a todas as pessoas, que pensam encontrá-lo em futuras ocasiões que não o façam no final da Celebração;• Pede-se a todos os fiéis que acatem as indicações das Forças de Segurança (PSP e GNR) e dos Escuteiros, enquanto encarregados da organização do espaço envolvente e da catedral;• Dia 7 de Outubro celebra-se o 10º aniversário da Dedicação da Catedral, todos os fiéis são convidados a estarem presentes no pontifical de Acção de Graças, presidido pelo Novo Bispo Diocesano, às 18.00 horas.• Dia 9 de Outubro, D. José Cordeiro, celebrará na Concatedral de Miranda do Douro, às 16.00 horas, concluindo assim a semana do Início do Ministério Pastoral na Diocese de Bragança-Miranda;• Em caso de dúvidas entrar em contacto pelo mail: protocolo210@gmail.com ou pelos telemóveis 964162426 ou 916635303 ou 917207783;NOTA: Na cidade de Bragança não haverá neste domingo, 2 de Outubro, mais nenhuma Eucaristia Dominical pelo que todos os cristãos são convidados a participar na Celebração de Ordenação e Início do Ministério Pastoral, mantêm-se no entanto as missas vespertinas de sábado, dia 1, nos horários e locais habituais; O Administrador Apostólico, os párocos da Cidade de Bragança eas Comissões de preparação da Ordenação e Início do Ministério Pastoral de D. José Manuel Garcia Cordeiro,44º Bispo de Bragança-Miranda
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Diálogo Papa com D. José
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
O nosso "novo" Bispo D. José Cordeiro esteve lá
Cidade do Vaticano, 15 set 2011 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje aos novos bispos da Igreja Católica para que promovam a “unidade eclesial”, estando particularmente atentos para “unificar e harmonizar a diversidade” de carismas.
O Papa recebia no Vaticano um grupo de prelados, nomeados nos últimos meses, num encontro anual que se repete há uma década por iniciativa da Congregação para os Bispos, da Santa Sé.
No seu discurso, divulgado pela Santa Sé, Bento XVI pediu “comunhão com o Papa e os irmãos no episcopado” a cada um dos presentes, sublinhando que “o bispo não é um homem só”.
“Os bispos têm a missão de vigiar e agir para que os batizados possam crescer na graça e segundo os carismas que o Espírito Santo suscita no seu coração e nas comunidades”, disse ainda.
Aos mesmos, acrescentou o Papa, compete o “juízo sobre o carácter genuíno” de novos movimentos ou associações que surjam na Igreja local, porque “nenhum carisma dispensa a referência e a submissão aos pastores”.
Bento XVI deixou votos de que cada bispo seja um “exemplo e ajuda” para os seus padres, através da “santidade de vida” e da “caridade episcopal”.
Desde o início de 2011, foram nomeados três novos bispos em Portugal: D. Pio Alves, como bispo auxiliar do Porto; D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra; D. José Cordeiro, bispo eleito de Bragança-Miranda.
O Papa recebia no Vaticano um grupo de prelados, nomeados nos últimos meses, num encontro anual que se repete há uma década por iniciativa da Congregação para os Bispos, da Santa Sé.
No seu discurso, divulgado pela Santa Sé, Bento XVI pediu “comunhão com o Papa e os irmãos no episcopado” a cada um dos presentes, sublinhando que “o bispo não é um homem só”.
“Os bispos têm a missão de vigiar e agir para que os batizados possam crescer na graça e segundo os carismas que o Espírito Santo suscita no seu coração e nas comunidades”, disse ainda.
Aos mesmos, acrescentou o Papa, compete o “juízo sobre o carácter genuíno” de novos movimentos ou associações que surjam na Igreja local, porque “nenhum carisma dispensa a referência e a submissão aos pastores”.
Bento XVI deixou votos de que cada bispo seja um “exemplo e ajuda” para os seus padres, através da “santidade de vida” e da “caridade episcopal”.
Desde o início de 2011, foram nomeados três novos bispos em Portugal: D. Pio Alves, como bispo auxiliar do Porto; D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra; D. José Cordeiro, bispo eleito de Bragança-Miranda.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
De D. José Cordeiro - Grão de Amendoeira - frases soltas
Retiro é uma experiencia forte de silencio, de escuta e contemplação. Sabemos que o barulho não faz bem e o bem não faz barulho.
É preciso querer para se ter um bom silencio
O peregrino é alguém que caminha e espera o encontro. Para tal, partir significa perder os pontos de referencia na esperança de ganhar tudo
Quem caminha ama o silencio.
O retiro não para me aperfeiçoar, mas para me converter, converter o coração á Palavra que salva e dá a vida.
Na verdade, só o Amor converte
Maria evangeliza com toda a sua pessoa e confia plenamente Naquele que nela confiou, pois só a confiança pode conduzir ao Amor.
A Deus nada é impossível, mas nós podemos fazer todo o possível. Na Anunciação acontece a possibilidade do impossível.
Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente á palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade.
A liturgia é um anúncio e antecipação da visão da Glória futura, qual contemplação do rosto de Deus.
A espiritualidade não se ensina, aprende-se e experimenta-se
Na liturgia, o mais importante é louvar a Deus. A vida espiritual cristã é a união do homem com Deus.
Obedecer á voz do Senhor é o verdadeiro culto. A Palavra é para ser acreditada, celebrada e, sobretudo, vivida.
A Eucaristia renova em nós o amor de Cristo e pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos e que façamos nosso próximo até o mais afastado.
Somos chamados á comunhão com Deus e com os outros. Mais que a colegialidade (linguagem do direito romano), o desafio á sinodalidade (caminhar juntos).
É preciso querer para se ter um bom silencio
O peregrino é alguém que caminha e espera o encontro. Para tal, partir significa perder os pontos de referencia na esperança de ganhar tudo
Quem caminha ama o silencio.
O retiro não para me aperfeiçoar, mas para me converter, converter o coração á Palavra que salva e dá a vida.
Na verdade, só o Amor converte
Maria evangeliza com toda a sua pessoa e confia plenamente Naquele que nela confiou, pois só a confiança pode conduzir ao Amor.
A Deus nada é impossível, mas nós podemos fazer todo o possível. Na Anunciação acontece a possibilidade do impossível.
Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente á palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade.
A liturgia é um anúncio e antecipação da visão da Glória futura, qual contemplação do rosto de Deus.
A espiritualidade não se ensina, aprende-se e experimenta-se
Na liturgia, o mais importante é louvar a Deus. A vida espiritual cristã é a união do homem com Deus.
Obedecer á voz do Senhor é o verdadeiro culto. A Palavra é para ser acreditada, celebrada e, sobretudo, vivida.
A Eucaristia renova em nós o amor de Cristo e pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos e que façamos nosso próximo até o mais afastado.
Somos chamados á comunhão com Deus e com os outros. Mais que a colegialidade (linguagem do direito romano), o desafio á sinodalidade (caminhar juntos).
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
D. José deixou-nos uma mensagem de Roma
Caros amigos e amigas
Saúdo com viva simpatia as iniciativas da página www.graodeamendoeira.com e a página do facebook e outras em curso criadas e mantidas por um grupo de amigos liderado pelo Pe. António Pires e pelo Miguel Miranda. Estas iniciativas constituem para mim uma alegre e agradável surpresa em ordem à preparação da Ordenação episcopal e início do Ministério pastoral do 44º Bispo da Diocese de Bragança-Miranda. O Santo Padre, o Papa Bento XVI nomeou-me para tal serviço no dia da memória litúrgica de um grande Bispo, o Beato D. Bartolomeu dos Mártires (1559-1581), Arcebispo de Braga e ao tempo das terras do Sul da nossa amada Diocese. Este Pastor insigne escreveu a propósito do perfil do bispo: «três coisas se requerem no prelado: 1ª – pureza de intenção, que consiste nisto: desejar mais servir que presidir; procurar em tudo não a honra, não a própria comodidade, mas a pura vontade de Deus e a salvação das almas; 2ª – conversão santa e irrepreensível, para que de nenhum modo se possa objectar-lhe: médico, cura-te a ti mesmo; 3ª – humildade interior e sincera, para que não presuma interiormente ou se glorie da própria santidade, como usurpador e ladrão da glória que só a Deus é devida, em quem deve confiar e de quem deve depender»1. É um programa que abre à coragem da esperança. Já o grande Bispo, Santo Agostinho tinha referenciado: «como quer que sejamos, que a vossa esperança não esteja posta em nós: se formos bons, somos ministros; se formos maus, ministros somos. Mas só se formos ministros bons e fiéis, é que seremos verdadeiramente ministros»2. Caros amigos e amigas, a Igreja coloca-se numa atitude de serviço, que não impõe a fé, mas solicita a coragem pela verdade. «O Bispo torna-se “pai”, exactamente porque é plenamente “filho” da Igreja»3. A própria vida diz-nos que nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos….na confiança, qual dom de Deus. «Confiança, com efeito, é o nome infinitamente nobre que o amor assume neste mundo, quando a fé e a esperança se unem para permitir-lhe de nascer»4. Escolhi como mote do serviço episcopal: Ad dodendum Christi mysteria (para mostra os mistérios de Cristo). O único mistério de Deus é Cristo. «Único é o mystérion toû theoû (1 Cor 2,1; Col 2,2; Ap 10,7), ma as suas modalidades de expressão são as Escrituras e a liturgia, ou melhor ainda, a palavra de Deus contida nas Escrituras, o livro aberto pelo Cordeiro na liturgia (cf. Ap 5)»5. Este mesmo mistério é simbolizado pelo grão de amendoeira. Convido-vos a reflectir este texto de Frei Isidoro Barreira (séc. XVI-XVII - ? - 1634), no qual se dá um enorme realce ao significado da amendoeira, como a árvore vigilante e o seu fruto como símbolo da vida em Cristo: «A amendoeira é árvore, que na Sagrada Escritura se acha muitas vezes referida, encobrindo mistérios profundos, como ela sabe encobrir seu fruto e ser misteriosa nele. Assim o ter Jeremias aquela visão da vara vigilante6, que outra versão diz que foi Amendoeira, coisa foi que então lhe deu muito que em que cuidar (…) porque esta árvore não somente apregoa fertilidade em mostrar flores tanto na manhã da Primavera, mas também prognosticar fartura de pão, que esse ano se há-de seguir; porque escrevem os naturais, que quando virmos as Amendoeiras carregadas de fruto, depois que lhe cai a flor, é sinal de grande fertilidade, e abundância de pão, que esse ano haverá. (…) A amêndoa antes de ser madura, e prestar para se comer, cresce devagar, e está mais tempo na árvore, que os outros frutos, sendo ela a primeira que sai com flores, e ultimamente se recolhe. A sua casca interior é muito dura, e a de fora muito amarga, e enfim o fruto ainda que seja doce, não se chega a comer sem trabalho; o fruto que após a esperança vem, devagar vem, e mais tempo se espera do que se goza. Nunca esse chega sem ânsias e cuidados, porque vencida uma dificuldade, se levanta outra, após um inconveniente se segue outro, após uma tardança maior tardança. Assim que esse fruto se não colhe sem custar, e sempre custa muito, se se espera muito; muito cansa, se chega devagar. Basta dizer o Espírito Santo, que a esperança que se dilata, aflige a alma. Doce é a amêndoa, mas amarga na casca (…) Isso mesmo se deixa entender na vara que temos dito de Amendoeira, que Jeremias viu, a que ele chama Vigilante, vindo a concordar muito uma coisa com outra, porque como pela Amendoeira significa esperança segura, o mesmo é estar em vigia, que viver de esperanças, o mesmo é vigiar, que esperar; porque quem espera, sempre vigia com o pensamento(…) de sorte que vigiar, e esperar tudo é um e uma mesma coisa o ter visto Jeremias vara vigilante, que vara de Amendoeira. Senão quisermos dizer, que esta vara ele viu de Amendoeira, eram seguríssimas esperanças do Filho de Deus haver de encarnar cedo, e vestir-se de nossa humanidade, como alguns Autores querem que se entendam por Cristo nossa única esperança, aquelas palavras do Eclesiastes “florebit amygdalus” – “enquanto a amendoeira abre em flor” (Ecl 1,2), que querem dizer: florescerá a amendoeira. A qual tem cortiça amargosa, e o miolo saborosíssimo; e Cristo teve carne sujeita a amarguras, e teve Divindade cheia de toda a doçura. Esta singular Amendoeira então se diz que mostrou flores, quando refloresceu em sua gloriosíssima Ressurreição, sendo primeiro seca, mortificada, e abatida em sua santíssima Morte, e paixão»7. «Pois a amêndoa é fruto de muito mistério: na primeira casca amargoso, na segunda resguardado, e fortalecido, e no interior comer suavíssimo, que sustenta e conforta, dando saúde e vida. A cuz à primeira vista mostra trabalhos, e aflições, após isso já descobre fortaleza, e amparo, que é do género humano; é torre e castelo, e espada com que o Senhor sopeou o mundo, e triunfou dos inimigos: além disso é muito suave, e saborosíssima no fruto, que de si dá, como a Igreja canta em louvor da mesma Cruz, chamando doce Lenho, doce Planta, a que dá tão doce, e suave fruto: Dulce lignum, dulces clavos, dulcia ferens pondera. A casca da amêndoa trabalhosa é de quebrar, o fruto fácil de comer. O rigor da Cruz dificultoso é de passar, mas vencido ele, segue-se o gostar doçuras eternas, às quais ninguém chega sem esperanças, que sempre vai fundando na Fé, e caridade»8.
Conto convosco no dia 2 de Outubro na casa de todos, que é a Catedral, para juntos continuarmos o caminho da confiança e da Esperança ao serviço da Igreja e do mundo de hoje. Cordialmente José Cordeiro
1 BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES, Stimulus pastorum.2 S. AGOSTINHO, Sermo 340/A, 9.3 J. PAULO II, Pastores Gregis 10.4 CHRISTIAN DE CHERGÉ E ALTRI MONACI DI TIBHIRINE, Più forti dell’odio, Edizioni Qiqajon, Comunità di Bose, 2010, 91.5 E. BIANCHI, «La comunicazione mistagogica simbolo e arte per la liturgia e l’evangelizzazione», in Rivista liturgica 98 (2011) 123.6 «Depois foi-me dirigida a palavra do SENHOR nestes termos: «Que vês, Jeremias?» E eu respondi: «Vejo um ramo de amendoeira. «Viste bem - disse-me o SENHOR - porque Eu vigiarei sobre a minha palavra para a fazer cumprir.»» (Jer 1,11-12).7 I. DE BARREIRA, Tratado das significações das plantas, flores, e frutos que se referem na Sagrada Escritura, Alcalá, Lisboa 2005, 192-194.8 I. DE BARREIRA, Tratado das significações das plantas, flores, e frutos que se referem na Sagrada Escritura, Alcalá, Lisboa 2005, 195-196
Saúdo com viva simpatia as iniciativas da página www.graodeamendoeira.com e a página do facebook e outras em curso criadas e mantidas por um grupo de amigos liderado pelo Pe. António Pires e pelo Miguel Miranda. Estas iniciativas constituem para mim uma alegre e agradável surpresa em ordem à preparação da Ordenação episcopal e início do Ministério pastoral do 44º Bispo da Diocese de Bragança-Miranda. O Santo Padre, o Papa Bento XVI nomeou-me para tal serviço no dia da memória litúrgica de um grande Bispo, o Beato D. Bartolomeu dos Mártires (1559-1581), Arcebispo de Braga e ao tempo das terras do Sul da nossa amada Diocese. Este Pastor insigne escreveu a propósito do perfil do bispo: «três coisas se requerem no prelado: 1ª – pureza de intenção, que consiste nisto: desejar mais servir que presidir; procurar em tudo não a honra, não a própria comodidade, mas a pura vontade de Deus e a salvação das almas; 2ª – conversão santa e irrepreensível, para que de nenhum modo se possa objectar-lhe: médico, cura-te a ti mesmo; 3ª – humildade interior e sincera, para que não presuma interiormente ou se glorie da própria santidade, como usurpador e ladrão da glória que só a Deus é devida, em quem deve confiar e de quem deve depender»1. É um programa que abre à coragem da esperança. Já o grande Bispo, Santo Agostinho tinha referenciado: «como quer que sejamos, que a vossa esperança não esteja posta em nós: se formos bons, somos ministros; se formos maus, ministros somos. Mas só se formos ministros bons e fiéis, é que seremos verdadeiramente ministros»2. Caros amigos e amigas, a Igreja coloca-se numa atitude de serviço, que não impõe a fé, mas solicita a coragem pela verdade. «O Bispo torna-se “pai”, exactamente porque é plenamente “filho” da Igreja»3. A própria vida diz-nos que nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos….na confiança, qual dom de Deus. «Confiança, com efeito, é o nome infinitamente nobre que o amor assume neste mundo, quando a fé e a esperança se unem para permitir-lhe de nascer»4. Escolhi como mote do serviço episcopal: Ad dodendum Christi mysteria (para mostra os mistérios de Cristo). O único mistério de Deus é Cristo. «Único é o mystérion toû theoû (1 Cor 2,1; Col 2,2; Ap 10,7), ma as suas modalidades de expressão são as Escrituras e a liturgia, ou melhor ainda, a palavra de Deus contida nas Escrituras, o livro aberto pelo Cordeiro na liturgia (cf. Ap 5)»5. Este mesmo mistério é simbolizado pelo grão de amendoeira. Convido-vos a reflectir este texto de Frei Isidoro Barreira (séc. XVI-XVII - ? - 1634), no qual se dá um enorme realce ao significado da amendoeira, como a árvore vigilante e o seu fruto como símbolo da vida em Cristo: «A amendoeira é árvore, que na Sagrada Escritura se acha muitas vezes referida, encobrindo mistérios profundos, como ela sabe encobrir seu fruto e ser misteriosa nele. Assim o ter Jeremias aquela visão da vara vigilante6, que outra versão diz que foi Amendoeira, coisa foi que então lhe deu muito que em que cuidar (…) porque esta árvore não somente apregoa fertilidade em mostrar flores tanto na manhã da Primavera, mas também prognosticar fartura de pão, que esse ano se há-de seguir; porque escrevem os naturais, que quando virmos as Amendoeiras carregadas de fruto, depois que lhe cai a flor, é sinal de grande fertilidade, e abundância de pão, que esse ano haverá. (…) A amêndoa antes de ser madura, e prestar para se comer, cresce devagar, e está mais tempo na árvore, que os outros frutos, sendo ela a primeira que sai com flores, e ultimamente se recolhe. A sua casca interior é muito dura, e a de fora muito amarga, e enfim o fruto ainda que seja doce, não se chega a comer sem trabalho; o fruto que após a esperança vem, devagar vem, e mais tempo se espera do que se goza. Nunca esse chega sem ânsias e cuidados, porque vencida uma dificuldade, se levanta outra, após um inconveniente se segue outro, após uma tardança maior tardança. Assim que esse fruto se não colhe sem custar, e sempre custa muito, se se espera muito; muito cansa, se chega devagar. Basta dizer o Espírito Santo, que a esperança que se dilata, aflige a alma. Doce é a amêndoa, mas amarga na casca (…) Isso mesmo se deixa entender na vara que temos dito de Amendoeira, que Jeremias viu, a que ele chama Vigilante, vindo a concordar muito uma coisa com outra, porque como pela Amendoeira significa esperança segura, o mesmo é estar em vigia, que viver de esperanças, o mesmo é vigiar, que esperar; porque quem espera, sempre vigia com o pensamento(…) de sorte que vigiar, e esperar tudo é um e uma mesma coisa o ter visto Jeremias vara vigilante, que vara de Amendoeira. Senão quisermos dizer, que esta vara ele viu de Amendoeira, eram seguríssimas esperanças do Filho de Deus haver de encarnar cedo, e vestir-se de nossa humanidade, como alguns Autores querem que se entendam por Cristo nossa única esperança, aquelas palavras do Eclesiastes “florebit amygdalus” – “enquanto a amendoeira abre em flor” (Ecl 1,2), que querem dizer: florescerá a amendoeira. A qual tem cortiça amargosa, e o miolo saborosíssimo; e Cristo teve carne sujeita a amarguras, e teve Divindade cheia de toda a doçura. Esta singular Amendoeira então se diz que mostrou flores, quando refloresceu em sua gloriosíssima Ressurreição, sendo primeiro seca, mortificada, e abatida em sua santíssima Morte, e paixão»7. «Pois a amêndoa é fruto de muito mistério: na primeira casca amargoso, na segunda resguardado, e fortalecido, e no interior comer suavíssimo, que sustenta e conforta, dando saúde e vida. A cuz à primeira vista mostra trabalhos, e aflições, após isso já descobre fortaleza, e amparo, que é do género humano; é torre e castelo, e espada com que o Senhor sopeou o mundo, e triunfou dos inimigos: além disso é muito suave, e saborosíssima no fruto, que de si dá, como a Igreja canta em louvor da mesma Cruz, chamando doce Lenho, doce Planta, a que dá tão doce, e suave fruto: Dulce lignum, dulces clavos, dulcia ferens pondera. A casca da amêndoa trabalhosa é de quebrar, o fruto fácil de comer. O rigor da Cruz dificultoso é de passar, mas vencido ele, segue-se o gostar doçuras eternas, às quais ninguém chega sem esperanças, que sempre vai fundando na Fé, e caridade»8.
Conto convosco no dia 2 de Outubro na casa de todos, que é a Catedral, para juntos continuarmos o caminho da confiança e da Esperança ao serviço da Igreja e do mundo de hoje. Cordialmente José Cordeiro
1 BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES, Stimulus pastorum.2 S. AGOSTINHO, Sermo 340/A, 9.3 J. PAULO II, Pastores Gregis 10.4 CHRISTIAN DE CHERGÉ E ALTRI MONACI DI TIBHIRINE, Più forti dell’odio, Edizioni Qiqajon, Comunità di Bose, 2010, 91.5 E. BIANCHI, «La comunicazione mistagogica simbolo e arte per la liturgia e l’evangelizzazione», in Rivista liturgica 98 (2011) 123.6 «Depois foi-me dirigida a palavra do SENHOR nestes termos: «Que vês, Jeremias?» E eu respondi: «Vejo um ramo de amendoeira. «Viste bem - disse-me o SENHOR - porque Eu vigiarei sobre a minha palavra para a fazer cumprir.»» (Jer 1,11-12).7 I. DE BARREIRA, Tratado das significações das plantas, flores, e frutos que se referem na Sagrada Escritura, Alcalá, Lisboa 2005, 192-194.8 I. DE BARREIRA, Tratado das significações das plantas, flores, e frutos que se referem na Sagrada Escritura, Alcalá, Lisboa 2005, 195-196
sábado, 3 de setembro de 2011
Breve interpretação do Brasão de D. José
BREVE INTERPRETAÇÃO SOBRE O SIMBOLISMO DO BRASÃO EPISCOPAL DE D. JOSÉ CORDEIRO Encimando o escudo, e como adornos externos, pode ver-se o capelo verde (chapéu prelatício) com dois cordões de cada lado do escudo. Na ponta de cada um dos cordões, existem seis borlas, identificando o seu grau hierárquico.Na parte de trás do escudo, há uma cruz trevolada em ouro, que significa amor e autoridade. O escudo, tripartido, está representado por 3 campos distintos. O campo vermelho, representa o fogo que ele deve acender nos corações, as virtudes, o valor da alegria, da honra, a obrigação de defender e socorrer os injustamente oprimidos. O campo verde, representa a Esperança, que o novo Bispo busca em Cristo.O campo azul, simboliza a Serenidade, Justiça, Lealdade e Nobreza. Inclui uma estrela prateada, que simboliza a Virgem Maria, como guia espiritual. O cordeiro, símbolo da candura, tolerância e pureza, representa o desejo de D. José Cordeiro, como Pastor da Igreja, e a missão que à imagem do Cristo, lhe está confiada. - A Língua de Fogo representa o Espírito Santo - A Bíblia aberta, significa erudição e ensino- O listel contém o lema episcopal de D. José Cordeiro : “ AD DOCENDUM CHRISTI MYSTERIA”. Mostrando Cristo pelos Mistérios ou Sacramentos
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